15/04/09

Identidade Social na Adolescência - Comentário e Reflexão

Competências a desenvolver: Reconhecer as características do processo de construção da identidade social nos adolescentes no contexto online. Actividade: Discussão do processo de construção de identidade na Adolescência

Comentário: Após duas actividades diferentes quer no conteúdo quer na estratégia de trabalho, surge esta que implicou a leitura de textos individual, uma autoreflexão e partilha com o grupo. A temática era a meu ver muito interessante e actual, pelo que a discussão gerada foi rica em intervenções e interactividade. Nota-se muita energia em todo o fórum, garantia do empenho e motivação do grupo.
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A identidade é uma tarefa central que se inicia na infância e termina com o culminar de uma vida. O papel da identidade no desenvolvimento da adolescência tem sido muito importante, mais especificamente, a capacidade de refletir sobre o próprio pensamento e, consequentemente, sobre uma auto imagem, acrescentando uma nova dimensão à auto-descoberta, em especial, de uma identidade sexual. É geralmente caracterizada em termos de características interpessoais como a auto-definição, traços de personalidade, os papéis e as relações na interacção e valores morais e pessoais.
Por outro lado, é nesta fase que se consolida a identidade pessoal e psicossocial.
Os adolescentes confrontam-se, através de uma crise potenciadora de energias, com uma problemática identitária . É também com uma certa desorientação entre avanços, hesitações e recuos que se fazem importantes experimentações de afirmação do ego, na construção de identidade.
Cada um de nós constrói o seu "eu" através de "outros significativos", das interacções relacionais, reais e fantasiadas. A identidade constrói-se nas experiências vividas através de um subtil jogo de identificações.
Segundo Erikson, a amizade é muito investida ao nível dos afectos. O melhor amigo do mesmo sexo é normalmente alguém com quem se partilham grandes inquietações. É como um espelho estruturante onde o adolescente se reconhece reflectido, onde se vê crescer. O grupo de pares pode ter como função apresentar modelos de identificação positiva para o adolescente. Erikson refere também a certeza que o grupo pode trazer às incertezas do adolescente. No entanto, pode apresentar alguns riscos negativos, sobretudo quando a relação com o grupo é de grande dependência. No final da adolescência o jovem obtém uma "identidade realizada", ele será capaz, como diz Erikson, de sentir uma "continuidade interna" e "uma continuidade do que ele significa para as outras pessoas".
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